Degeneração Macular Relacionada à Idade – DMRI

O que é DMRI?

A Degeneração Macular Relacionada à Idade é um processo anormal de envelhecimento da retina que afeta a visão central, ou seja, atrapalha na realização de tarefas como leitura, atividades manuais, assistir televisão e, até mesmo, reconhecer o rosto das pessoas. Afeta, principalmente, pessoas com mais de 65 anos de idade e nos Estados Unidos é a principal causa de cegueira. No Brasil, divide o segundo lugar nas causas de cegueira, junto com o Diabete Melitus.

Quais os sintomas dessa doença?

As manifestações mais comuns da doença são a diminuição da visão (baixa acuidade visual) e a visão tortuosa, oftalmologicamente chamada de metamorfopsia. Essa última ocorre devido ao extravasamento de líquido dentro da retina, provocando uma irregularidade da mesma. Quando a luz incide numa retina irregular, edemaciada, a percepção de formas retas passa a ser ondulada, essa é maneira que mais comumente os pacientes descrevem a sua visão. A baixa acuidade visual pode ocorrer de forma gradual ou súbita, variando de acordo com o tipo da doença.

Quais são seus tipos? Qual é o mais grave?

A DMRI possui duas formas de apresentação clínica: forma seca ou atrófica e forma úmida ou exsudativa. A primeira responde por 85% dos casos e somente por 20% dos casos de perda visual grave. Ao contrário, a forma exsudativa, embora mais rara (15% dos casos) responde por aproximadamente 80% dos casos de cegueira legal causados pela doença.

Como diagnosticar a doença?

As formas iniciais de DMRI podem ser detectadas antes mesmo do aparecimento dos sintamos em consultas oftalmológicas de rotina. O exame de fundo de olho, sob dilatação da pupila, fornece informações relevantes para o diagnóstico.

Alguns exames adicionais são fundamentais para avaliar a presença de “atividade” da doença – exsudação ou vazamento de líquido dentro da retina. Esses exames são: Angiografia Fluoresceínica e a Tomografia de Coerência Óptica.

A Angiografia é realizada após a infusão de um corante na veia e fotografias com filtros especiais são tiradas, sequencialmente, do fundo de olho, permitindo, dessa forma, um estudo dinâmico da circulação sanguínea da retina.

O OCT, por sua vez, é um exame capaz de mostrar as camadas da retina. Funciona como uma tomografia, mas não utiliza radiação nem contraste. Fornece informações fundamentais para o diagnóstico e o acompanhamento do tratamento.

Esses dois exames são utilizados principalmente para a forma úmida da doença. A forma seca da doença pode ser acompanhada, quando necessário, com exame de autofluorescência. Esse exame também não utiliza contraste ou radiação e é capaz de delimitar com maior precisão as áreas atróficas da retina.

Essa doença tem tratamento? Pode ser prevenida?

Felizmente, a resposta para as duas perguntas é sim. O tratamento para a DMRI é direcionado para os casos mais graves, forma exsudativa. Nesses casos, é feito através do uso de medicações que agem sobre o vazamento de líquido no interior da retina. Essas substância, os antiangiogênicos, possuem alta capacidade de diminuir o extravasamento e absorver o líquido intrarretiniano, isto se deve a sua capacidade anti-permeabilidade. Sua ação não para por aí. Age também inibindo as moléculas que causam o vazamento – propriedade antiangiogênica. Sua aplicação respeita normas e protocolos internacionais, devendo ser feita em ambiente cirúrgico e sob cuidados de um médico especializado. Os resultados do tratamento dependem muito da maneira como a doença se apresenta, visto através dos exames mencionados e do tempo.

A prevenção da doença é direcionada, principalmente, não para os pacientes que não a possuem, mas para aqueles que possuem as formas iniciais, evitando que evoluam para formas mais graves. Assim sendo, novamente, a detecção precoce em exames de rotina se torna fundamental. Há muito tempo complexos vitamínicos com antioxidantes vem sendo usado nesses casos. Recentemente foi publicado para a comunidade científica um grande estudo americano com mais de quatro mil pacientes acompanhados por cinco anos mostrando os efeitos benéficos da Luteína e da Zeaxantina adicionadas ao polivitamíco tradicionalmente utilizado. Os resultados foram positivos e mostrara uma proteção 10% maior em relação à formulação anterior. Vale ressaltar que não são todas as pessoas que se beneficiam desse tratamento, somente aquelas que já possuem a forma inicial da doença ou tiveram a forma grave em um olho e utilizam essa formulação para prevenir o acometimento do outro olho.

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