A blefaroplastia promove a melhora do excesso de pele e bolsas de gordura nas pálpebras. É indicada quando existem queixas estéticas, sensação de peso nas pálpebras ou alteração na visão provocada pela diminuição de campo visual. Não há idade ideal para que seja realizada, deve-se avaliar a presença de alterações que mereçam ser corrigidas.
Varia conforme cada paciente. Nas duas primeiras semanas, principalmente, as pálpebras ficam inchadas e com hematoma, o que vai melhorando progressivamente. Em torno de sete dias são retirados os pontos. Cuidados em relação à exposição solar devem ser tomados para evitar pigmentação durante a cicatrização, sobretudo nos primeiros seis meses de pós-operatório.
O processo cicatricial é variável conforme a pessoa. Entretanto, a pálpebra é a pele mais fina do corpo, sendo as cicatrizes geralmente muito discretas ou imperceptíveis. Além disso, ficam no sulco da pálpebra, área que é pouco visível.
O procedimento não requer internação. Após a cirurgia o paciente fica sob monitorização por algumas horas, sendo após liberado para casa.
O procedimento habitualmente é realizado sob anestesia local, sendo muito bem tolerado. Pode ser feita também sob sedação.
Geralmente não há dor forte no pós-operatório. Desconforto leve é esperado, melhorando com uso de analgésicos.
Não, são realizadas compressas frias sobre as pálpebras nos primeiros dois dias do procedimento para diminuir o inchaço e hematoma. A troca das compressas é feita pelo próprio paciente ou familiar
Atualmente a cirurgia pode ser associada com o uso de Laser de CO2. Tal tecnologia torna a cirurgia mais limpa, com menos sangramento, consequentemente a recuperação é mais rápida e o paciente sofre menos com o inchaço. O mesmo laser de CO2 utilizado para fazer as incisões também controla o sangramento e colabora com uma melhor aparência da pele adjacente.
Todos nós nascemos com uma lente dentro do olho que se chama cristalino. Para enxergarmos com nitidez o cristalino precisa ser transparente. Quando o cristalino perde a transparência e fica opaco, chamamos isto de catarata. A visão fica embaçada, como se houvesse uma nuvem. A nitidez, a percepção das cores e o contraste ficam comprometidos.
A catarata, que nada mais é do que perda da transparência do cristalino, nossa lente natural do olho, ocorre por diversos motivos. O mais comum é o processo de envelhecimento normal, que acontece com a idade. Algumas doenças também podem causar catarata, sendo a mais frequente o diabetes, mas também inflamações oculares (uveítes), traumas, uso de medicações (especialmente corticoides), além das cataratas congênitas.
O único tratamento efeitvo é a cirurgia. Colírios ou medicamentos não resolvem. Óculos também pouco ajudam. Operar é a solução segura.
A cirurgia de catarata é um procedimento totalmente ambulatorial. O paciente entra caminhando, faz a cirurgia e sai caminhando. Sem internação. A anestesia é local, apenas nos olhos e na maioria dos casos é feita apenas com colírio e pomada anestésica, sem necessidade de agulhas ou injeções. A cirurgia é rápida, dura em média 15 minutos e, na maioria dos casos, não precisa nem usar curativo. O paciente sai do centro cirúrgico com os olhos abertos, já enxergando. Isto é possível porque dispomos de uma técnica avançada para a cirurgia de catarata que é feita por ultrassom, com o qual desmanchamos e aspiramos o cristalino doente. A incisão é menor do que três milímetros e totalmente sem pontos.
Nos casos bem-sucedidos de cataratas em estágios iniciais, a recuperação é praticamente imediata, em algumas horas o paciente já desfruta de uma boa visão, que pouco a pouco vai melhorando ainda mais. Na grande maioria das vezes não existe dor no pós-operatório e é necessário apenas pingar um ou dois colírios por certo período. O paciente pode voltar as suas atividades habituais, como dirigir e ver televisão, em dois a três dias. Não existe restrição às tarefas cotidianas mais leves que podem ser feitas normalmente, com moderação, já no dia seguinte à cirurgia.
A cirurgia deve ser o mais precoce possível, assim que for feito o diagnóstico, pois quando a catarata está ainda na fase inicial, a cirurgia é mais rápida e segura, com menos complicações. Não se deve deixar a catarata avançar ou amadurecer, pois uma catarata muito avançada ou madura terá uma cirurgia mais longa, mais difícil e com risco maior de complicações.
Existe risco de complicações?
Existe, como em qualquer cirurgia, mas os riscos são pequenos e controlados. Com a técnica cirúrgica que usamos, chamada facoemulsificação, que é a mais moderna e segura, o risco é de apenas dois por cento, ou seja, de cada 100 olhos operados, 98 são bem-sucedidos e totalmente sem complicações. E nos raros casos em que existem complicações, o Hospital da Visão tem a melhor estrutura do interior do Rio Grande do Sul e equipe qualificada para tratar com sucesso as mesmas.
Como explicamos antes, a catarata é a perda de transparência da nossa lente natural do olho, o cristalino. Durante a cirurgia o cristalino é removido pois está doente. Precisamos então colocar um novo cristalino, um cristalino artificial, ao qual chamamos de lente intraocular. Esta lente intraocular é que vai devolver e determinar a qualidade da visão do paciente por toda a vida. Por isso que é importante usarmos lentes de boa qualidade, até porque, uma vez colocada a lente dentro do olho, ela é para sempre! Não é mais trocada, como se faz com os óculos que não estão bons.
Atualmente dispomos de ótimas opções para correção da catarata juntamente com graus de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia (vista cansada). As lentes intraoculares monofocais tem a capacidade de corrigir o grau para uma distância focal – seja ela longe ou perto – dessa forma o paciente segue usando óculos, com um grau pequeno e com grande benefício na qualidade de visão. Já as lentes com tecnologia multifocal proporcionam múltiplas distâncias de visão no mesmo olho, trazendo maior liberdade dos óculos, facilidade e segurança na realização das tarefas do dia-a-dia.
Uma vez colocadas, essas lentes duram para sempre, para toda vida.
Por que alguns pacientes que fazem cirurgia de catarata não precisam mais usar óculos?
Isto ocorre porque quando colocamos a lente dentro do olho calculamos o grau desta lente de forma a deixar o grau do olho o mais próximo possível de zero. Desta forma, a cirurgia, além de curar a catarata, na maioria dos casos também corrige o grau, eliminando ou diminuindo muito a dependência de óculos. Quando usamos lentes monofocais corrigimos o grau de longe e o paciente precisará de óculos apenas para leitura. Quando usamos lentes multifocais, corrigimos o grau de longe e o de perto e o paciente não vai depender de óculos para distância ou para leitura!
Com certeza! É uma cirurgia muito rápida e tranquila para o paciente. A recuperação é praticamente imediata e, além de melhorar a visão, também existe a possibilidade de eliminar a necessidade de óculos, ou seja, o ganho é duplo. A grande maioria dos pacientes operados fica muito satisfeita com o resultado.
Quais os cuidados que devem ser tomados para operar a catarata?
Em primeiro lugar escolher um local com boa estrutura, bem equipado, que tenha um atendimento de alto nível. Também escolher um profissional experiente e renomado, do qual você tenha boas referências. Lembre-se, a cirurgia de catarata, embora rápida e tranquila, é uma cirurgia delicada e de detalhes. Necessita de capricho! Uma cirurgia de catarata feita sem cuidado e com mau resultado é difícil de consertar, por isso a escolha do local e do profissional que vai fazer a cirurgia deve ser criteriosa, pois deles depende o resultado.
É uma distrofia não inflamatória, na qual a baixa rigidez do colágeno corneal permite que a córnea sofra abaulamento e afinamentos progressivos, provocando astigmatismo irregular, causando baixa visual.
A doença é bilateral em 90% dos casos e assimétrica, iniciando em um olho e posteriormente afetando o outro. Inicia-se por volta dos 15 anos, progredindo até 35 a 40 anos de idade.
É o mais recente método utilizado para o tratamento do ceratocone e ectasias (afinamentos) de córnea, no qual, através do uso de uma substância natural chamada Riboflavina (vitamina B2) que associada à luz ultravioleta A (UVA), cria novas ligações entre as moléculas de colágeno da córnea, aumentando sua resistência e rigidez. O tratamento aumenta a rigidez corneana em cerca de 300%, fortalecendo-a, evitando desta forma, a progressão do ceratocone em mais de 90% dos casos.
O procedimento é realizado dentro de uma unidade cirúrgica sob anestesia tópica com colírio anestésico. O epitélio da córnea é removido e gotas de colírio de Riboflavina são aplicadas em sua superfície até que esteja totalmente impregnada. A seguir, inicia-se a emissão da radiação UVA por 30 minutos. A Riboflavina absorve a luz UVA e tem como objetivo proteger as estruturas internas oculares e aumentar as ligações entre as fibras de colágeno.
O CXL corneano não cura o ceratocone, mas quando realizado em casos iniciais tem como objetivo evitar a sua progressão, especialmente para transplante de córnea.
Cerca de 20% dos pacientes portadores de ceratocone eventualmente irão necessitar de transplante de córnea para recuperar a visão. A principal causa de transplante de córnea no Brasil é o ceratocone.
São desvios oculares ou desalinhamentos dos olhos. Alguns dos problemas sensoriais que estão aliados ao desvio do olho, podem e devem ser tratados conjuntamente. Os desvios podem aparecer a partir dos quatro meses de idade de um bebê ou também podem mais tardiamente na vida e poderão ser corrigidos com óculos, oclusão, colírio ou cirurgia dependendo do tipo do desvio. Lembre-se que o estrabismo nunca desaparece sozinho, sem tratamento.
A cirurgia de estrabismo é realizada para a correção do olho que está desviado, na tentativa de posicioná-lo o mais próximo possível do alinhamento paralelo entre os olhos. O maior risco é não ficar tão perfeito como se deseja e haver necessidade um retoque. É uma possibilidade que ocorre em aproximadamente 25% dos casos. Porém, após o primeiro ato cirúrgico, o próprio paciente ou os pais da criança perdem o medo, pois perceberam que a operação não é traumatizante!
A internação hospitalar é de poucas horas e a recuperação é rápida. Os olhos ficam vermelhos por alguns dias, mas isso não impede as atividades normais do paciente, exceto a de frequentar a piscina ou mar por alguns dias.
Um fator que preocupa os pais é a anestesia geral. O que temos a dizer sobre isso é que operamos crianças há muitos anos com uma equipe de médicos anestesistas altamente qualificada, com muito conforto e segurança.
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira no mundo. Diferente da cegueira por catarata, a cegueira por glaucoma é irreversível. Independente se a pressão intraocular está alta, normal ou abaixo dos valores consideráveis “normais” ela pode causar dano às células do nervo óptico. O diagnóstico precoce e o tratamento apropriado do glaucoma previne a perda da visão na maioria dos pacientes.
O Hospital da Visão possui aparelhos de última geração para detectar o glaucoma:
– Tonometria de aplanação de Goldman: é o “padrão ouro” para medida da pressão intraocular.
– Paquimetria corneana: a espessura corneana central quando alterada pode apresentar uma “falsa” medida da pressão intraocular, sendo assim, um paciente com uma córnea “fina” apresenta uma pressão intraocular maior do que a aferida.
– Campimetria: avaliação do campo visual de cada olho. Contamos com um perímetro Humphrey da linha 700 com programas específicos que tornam o exame campimétrico mais preciso.
– Tomografia de Coerência Óptica (OCT): este exame permite a análise direta da espessura da camada de fibras nervosas da retina, sendo possível detectar alterações nas estruturas sem sofrimento campimétrico nos casos insipientes de glaucoma.
O objetivo do tratamento é preservar a qualidade de vida do paciente.
– Tratamento medicamentoso: medicações que aumentam a drenagem do líquido transparente produzido no olho (humor aquoso), medicações que diminuem a produção deste líquido e medicações que atuam nos dois mecanismos.
– Laser: o tratamento com laser pode ser eficaz para diferentes tipos de glaucoma. No glaucoma de ângulo fechado, o laser cria uma abertura na íris facilitando a drenagem do humor aquoso, este procedimento é denominado iridotomia a laser.
– Cirúrgico: a cirurgia é indicada quando não se consegue um controle da pressão intraocular com os medicamentos.
– Trabeculectomia: é uma das técnicas cirúrgicas mais usadas, onde o oftalmologista cria um novo canal de drenagem para o controle da pressão intraocular. Esta cirurgia é usualmente realizada sob anestesia local e tem uma duração em geral de 35 minutos à uma hora.
– Implantes de Drenagem “Shunts ou Válvulas”: são uma boa opção como terapia inicial em glaucomas pediátricos que apresentam cirurgia prévia ou outras alterações que impeçam a realização de goniotomia ou trabeculotomia. Também indicados em casos de inflamação ocular, cicatrização excessiva de uma cirurgia prévia e outras comorbidades oculares.
– Procedimentos ciclodestrutivos: limitam-se a olhos dolorosos com potencial baixo de visão ou glaucomas refratários resistentes a outros tratamentos. É um método bastante efetivo em aliviar a dor em olhos sem potencial visual.
Atualmente existem os procedimentos minimamente invasivos: SLT (selective laser tabeculoplasty), iStent e goniotomia ab interno. São a tendência atual no controle da doença principalmente em casos menos severos. Promovem controle da pressão intraocular e estabilidade do Glaucoma de forma confortável e eventualmente poupando o paciente do uso de muitos colírios ou cirurgias mais complexas. O fato de serem indicados em casos mais leves da doença reforça a importância do diagnóstico precoce e correto para que o paciente possa se beneficiar das opções mais modernas de tratamento.
O Departamento de Glaucoma do Hospital da Visão vai direcionar o tratamento adequado para cada caso, com segurança e responsabilidade.
O pterigio é a formação de um tecido fibrovascular sobre a superfície dos olhos que costuma crescer sobre a córnea. Também conhecido popularmente como ‘carne crescida nos olhos’, ele era frequentemente confundido com a catarata.
O pterígio pode acometer tanto um como ambos os olhos. Trata-se de uma doença não contagiosa, que tem como causas principais a exposição excessiva à radiação ultravioleta, proveniente da luz do sol e a permanência prolongada em ambientes empoeirados. Por isso, trabalhadores rurais, motoristas e soldadores estão entre os profissionais mais acometidos pelo pterígio. Sua origem também está relacionada com a hereditariedade, ou seja, familiares de portadores de pterígio tem uma maior chance de desenvolverem a doença.
Os principais sintomas de uma pessoa com pterígio são: a fotofobia, que é o aumento da sensibilidade à luz, dor e irritação ocular, comumente caracterizada por vermelhidão e sensação de areia nos olhos, que pode acontecer no final do dia ou quando a pessoa está exposta ao vento e em ambientes com ar condicionado. Além destes sintomas, o crescimento do pterígio sobre a córnea pode causar a diminuição da visão, pois gera um problema secundário, o astigmatismo.
O tratamento de pterígios iniciais (que acometem pequenas extensões dos olhos) pode ser realizado com o uso medicamentos, como colírios lubrificantes, porém, estes apenas aliviam os sintomas, sendo necessária a intervenção cirúrgica para um tratamento definitivo. A remoção cirúrgica do pterígio melhora não apenas os sintomas como também devolve a aparência normal dos olhos, já que o tecido excedente é retirado.
A cirurgia de remoção do pterígio é realizada em ambiente cirúrgico ambulatorial, sem necessidade de internação e com o uso de anestesia local. Antigamente, a chance do pterígio ‘crescer’ novamente após a sua remoção era muito grande. Entretanto, com a aplicação de técnica cirúrgica moderna, as taxas de recorrência diminuíram consideravelmente. Uma destas técnicas consiste na confecção de um transplante de conjuntiva do próprio paciente. Este transplante é fixado com fios de sutura no local onde foi retirado o pterígio.
Atualmente existem alternativas para o uso de pontos na cirurgia do pterígio. O uso de cola biológica (selante de fibrina) é um avanço recente. Sua utilização dispensa ou diminui a necessidade do uso de fios de sutura para a fixação do transplante conjuntival, não sendo necessária a retirada de pontos no pós-operatório. Dentre as vantagens relacionadas ao uso de cola biológica destacam-se ainda a diminuição do tempo de cirurgia e o maior conforto do paciente após o procedimento.
Cirurgia Refrativa é o termo usado para cirurgias de correção do grau, geralmente feitas com Excimer Laser para corrigir miopia, astigmatismo e hipermetropia, eliminando a dependência de óculos.
Existem dois modos diferentes de aplicar o laser:
1.Cirurgia convencional: o grau a ser corrigido é digitado no console do laser. Corrige apenas aberrações de baixa ordem. Não existe sistema de reconhecimento de íris e tracking torcional, ou seja, o controle do resultado é precário.
2.Cirugia personalizada: é baseada em um exame chamado aberrometria (Wavefront) que mapeia ponto a ponto os diferentes graus do olho. Corrige aberrações de baixa e alta ordem. Existe um sistema reconhecimento de irís e tracking torcional, com controle preciso da correção. O que ameniza fenômenos indesejados como ofuscamento das luzes, traz qualidade de visão excelente mais precisão na correção do eixo, no caso dos graus de astigmatismo.
Existem duas técnicas principais, denominadas pelas suas siglas: LASIK e PRK. No LASIK é feito um “corte” na córnea através de um aparelho denominado microcerátomo e o laser é então aplicado no estroma corneano. No PRK não é feito “corte” e o laser é aplicado na superfície da córnea. O LASIK está indicado para córneas mais espessas e o PRK para córneas mais finas.
O primeiro passo é agendar uma consulta com um dos profissionais do Departamento de Cirurgia Refrativa do Hospital da Visão. Se você usa lentes de contato gelatinosas deve ficar dez dias sem usá-las antes da consulta, pois o uso destas interfere nos exames pre-operatórios que serão feitos no dia. Quem usa lentes de contato rígidas deve ficar mais tempo sem usá-las, pelo menos quinze dias. Ao agendar a consulta informe que você quer um parecer sobre a cirurgia no seu caso. Se tiver, traga suas receitas antigas de óculos.
É feita uma avaliação oftalmológica completa, incluindo a medida do grau (que é confirmada mais de uma vez), medida de pressão intraocular, exame da retina e de todas as estruturas oculares. Também deverá ser feito um exame chamado Orbscan que irá avaliar as curvaturas e espessuras da córnea, informações fundamentais para a indicação (ou contraindicação) da cirurgia.
É uma cirurgia relativamente rápida (cinco a dez minutos por olho). O paciente fica deitado numa cadeira semelhante à cadeira de dentista, não deve movimentar a cabeça e deve olhar para um ponto luminoso que estará acima de seus olhos. O médico irá preparar a córnea de acordo com a técnica e aplicar o laser. Na técnica PRK ao final da cirurgia é colocada uma lente de contato terapêutica que irá servir como curativo e será retirada três a quatro dias após.
Deverão ser pingados colírios que serão receitados. Deverá ser feito repouso visual, evitando televisão e computador, nos primeiros três a quatro dias. Usar bons óculos de sol é recomendável durante estes primeiros dias e nos primeiros meses após a cirurgia.
Quando volto a trabalhar?
No caso do PRK, após ser retirada a lente de contato terapêutica (no terceiro ou quarto dia), o paciente está liberado para suas atividades de trabalho. Já no caso do LASIK a reabilitação é mais rápida.
Quando fazemos PRK normalmente dez dias após a cirurgia a visão já está muito boa e com um mês, na maioria dos casos, já temos o resultado final. Já nos pacientes operados por LASIK, o resultado é praticamente imediato. Algumas horas depois o paciente já tem uma ótima qualidade de visão.
Se pensarmos na tecnologia e conhecimento envolvidos e também, na qualidade de vida que a cirurgia irá proporcional, comparando o preço desta com o preço de óculos ou lentes de contato (que, na maioria dos casos, não precisará mais usar), a cirurgia é um grande investimento com custo relativamente baixo. Alguns convênios cobrem esta cirurgia com autorização prévia. Outros convênios cobrem determinados casos, dependendo do plano contratado.
O Hospital da Visão conta com um moderno Excimer Laser e profissionais experientes em cirurgia refrativa. Visite nossa infraestrutura e conheça nosso Centro Cirúrgico.
A retina é um tecido localizado no “fundo do olho”, responsável pela captação da imagem e transmissão dessa imagem para o cérebro. Na verdade o olho não enxerga, quem enxerga é o cérebro. O olho funciona apenas como uma filmadora e a retina como o FILME da filmadora. Para trabalhar corretamente, a retina deve ficar bem aderida aos outros tecidos do fundo do olho, já que parte da sua nutrição vem destes tecidos.
O descolamento ocorre quando a retina se separa das camadas onde ela normalmente está aderida, levando a uma perda visual abrupta que pode se tornar irreversível caso a retina não seja recolocada o quanto antes no seu lugar.
– Descolamento Tracional: ocorre quando a retina “ puxada” para fora da sua posição por alguma membrana que tenha crescido de maneira anormal dentro do olho. Ocorre principalmente nos casos de retinopatia diabética.
– Descolamento Seroso: é quando ocorre o acúmulo de líquido embaixo da retina formando como se fosse uma bolha. Característico de doenças como serosa central e algumas inflamações oculares por exemplo.
– Descolamento Regmatogênico: é o mais comum e acontece quando a retina sofre um rasgo, espontaneamente ou após algum trauma. A retina, então, vai progressivamente se deslocando.
Os principais sintomas que uma pessoa com descolamento de retina apresenta são:
– Moscas volantes: pequenas manchas escuras que aparecem no campo de visão subitamente e que se movimentam conforme a pessoa movimenta os olhos.
– Flash de Luz: pequenos “relâmpagos” dentro do olho, percebidos especialmente à noite ou com os olhos fechados.
– Manchas no campo de Visão: ocorrem quando a retina se descola e na área descolada não há a formação de imagem. A pessoa percebe como uma “cortina” que cobre parte da sua visão.
Na maior parte dos casos o descolamento da retina deve ser tratado com cirurgia!
Imagine a retina como uma planta. Quando retiramos uma planta da terra devemos plantá-la novamente em um período curto de tempo, senão a planta pode morrer mesmo se colocada de volta. Com a retina é a mesma coisa. Quando ela passa muito tempo descolada, mesmo sendo recolocada no lugar ela não irá funcionar bem. Por esse motivo a cirurgia deve ser realizada o mais rápido possível.
Existem várias técnicas diferentes para cirurgia do descolamento de retina e o médico pode escolher aquela que irá se adequar melhor ao tipo de descolamento apresentado pelo paciente. As duas técnicas mais comuns são:
– Vitrectomia posterior: é a técnica que é realizada dentro do olho. Com instrumentos bem delicados o cirurgião retira todo o vítreo (gelatina que preenche o olho por dentro), recoloca a retina no lugar, faz o laser dentro do olho e depois preenche o olho com soro, óleo de silicone ou gás (para substituir o vítreo que foi retirado). É uma técnica muito bem estabelecida e consagrada, realizada com instrumentos e equipamentos de ponta para trazer o melhor resultado com o mínimo de agressão.
– Introflexão escleral: é uma cirurgia realizada na parte externa do olho. O cirurgião passa ao redor de todo o olho uma faixa de silicone e aperta essa faixa (como se apertasse o cinto de uma calça na cintura), depois o líquido que está embaixo da retina é drenado e a retina é selada no lugar com laser ou com crioterapia. Geralmente essa técnica é escolhida nos casos recentes, onde a retina não está totalmente descolada e não apresenta outros sinais mais graves.
Após a cirurgia o paciente precisa seguir a risca as orientações médicas e necessita de um acompanhamento frequente, principalmente nos primeiros trinta dias, pois nesse período o risco de redescolamento da retina é maior.
A recuperação da visão pode demorar e depende muito do quanto a retina “suportou” o tempo descolada: quanto menor o dano à retina, melhor é a visão pós-operatória e mais rápida é a sua recuperação. Caso a retina apresente um novo descolamento, uma nova cirurgia é realizada para colocá-la de volta ao lugar.
Quando o óleo de silicone é utilizado, ele deve ser retirado após alguns meses da cirurgia (o tempo varia em cada caso).
Após uma boa cicatrização as chances de um novo descolamento diminuem bastante e o paciente pode progressivamente retornar a suas atividades normais, inclusive atividades físicas, seguindo sempre as orientações médicas.
O transplante de córnea é a troca de uma estrutura doente do olho por uma estrutura saudável, permitindo que o paciente recupere a saúde ocular e muitas vezes a visão.
A cirurgia é feita com anestesia local ou geral. O paciente recebe alta no mesmo dia indo para casa e retornando no dia seguinte. Existem diversos tipos de transplantes de córnea, informe-se com seu médico qual a técnica que será utilizada em você.
O nome técnico é Transplante Penetrante, nele se troca toda a córnea. É a opção mais utilizada em casos severos onde toda a córnea está comprometida. Também permite a reconstrução de estruturas de dentro do olho. O transplante leva vários pontos que vão sendo retirados lentamente conforme a necessidade.
O nome técnico é DALK que significa transplante lamelar anterior profundo. É utilizado quando apenas a parte externa da córnea se encontra comprometida, sua principal indicação é o ceratocone e algumas cicatrizes corneanas. Tem a vantagem de ter menor risco de rejeição e deixar o globo ocular mais resistente. Os pontos são iguais ao do transplante total penetrante.
O nome técnico é o DSEK, DSAEK ou DMEK, que são variações de um transplante lamelar profundo, onde apenas a parte interna da córnea é trocada. Tem os menores índices de rejeição e não leva pontos, mas apresenta indicações restritas.
Todo procedimento cirúrgico tem riscos, mas se o médico indicou o transplante os benefícios são bem maiores que os riscos e de uma maneira geral são pequenos.
A rejeição da córnea tem prevenção e tratamento, sendo difícil se perder a visão por rejeição. Em último caso a córnea pode ser trocada num novo transplante.
A córnea veio de uma pessoa que faleceu e a família fez o ato nobre de doar as córneas para um Banco de Olhos que a preparasse para o transplante.
O risco de transmissão de doenças é mínimo e para que ele se torne ínfimo a legislação exige exames e critérios que selecionam apenas córneas de boa qualidade para o transplante.
– Esforço físico.
– Tomar banho de imersão, ou seja, mergulhar a cabeça na água do mar, rio ou piscina.
– Dormir sem o tampão de acrílico.
– Deixar de usar os colírios.
Essas são as principais recomendações que podem diretamente prejudicar o transplante, o esforço excessivo deve ser entendido como qualquer atividade que requer força extra para ser realizada. Assim, evite abaixar de frente, carregar cargas moderadas e empurrar móveis ou cargas.
Para dormir coloque sempre o tampão de acrílico que vai junto com o curativo ao termino da cirurgia, isso evita que o olho seja traumatizado involuntariamente. Deve ser feito por um período mínimo de 60 dias.
– Todo o restante que não interfira no que foi colocado anteriormente.
– Alimentação é normal.
– TV, computador e leitura podem ser feitos, desde que o olho não fique irritado, se ficar irritado evite.
– Banho de chuveiro normal, evite apenas olhar diretamente para a água, deixe-a escorrer pelo rosto.
– Você pode caminhar e sair no sol (com óculos escuros), evitando muito vento ou areia.
– Subir e descer escadas normalmente não é esforço físico excessivo.
– Bebidas alcoólicas devem ser evitadas por um período mínimo de 60 dias. Parar de fumar, de preferência para sempre.
– Corrida, academia e atividades esportivas somente após liberação do médico, o que ocorre em média após 90 dias.
– Atividade sexual com pouco esforço após 30 dias.
Nos primeiros dias a visão permanece bem limitada, melhorando lentamente após algumas semanas a meses.
Converse com seu médico após a cirurgia para que ele lhe forneça um atestado. O tempo varia conforme a visão do outro olho, o tipo de transplante e de trabalho.
Após a cirurgia é normal o olho ficar vermelho, com dor, sensação de areia e desconforto com a luz. A tendência é que isso vá melhorando rapidamente e o olho não incomode. A visão nítida é o última situação a melhorar.
Se depois de algumas semanas sentir:– Piora da visão permanente (que não melhora após algumas horas ou com os colírios).
– Dor no olho permanente.
– Desconforto com a luz permanente.
– Sensação de areia no olho.
Procure com brevidade o Departamento de Córnea do Hospital da Visão ou o seu médico responsável.
Uveítes são as doenças inflamatórias e/ou infecciosas que afetam as camadas mais internas do olho, como a íris, úvea, pars plana, retina e estruturas adjacentes. São estruturas oculares mais suscetíveis a doenças infecciosas (como a toxoplasmose ocular, sífilis, toxocaríase) ou mesmo por doenças inflamatórias sistêmicas com repercussão ocular como Espondilite Anquilosante, Sarcoidose, Behçet, Artrites e Vasculites no geral.
A consulta oftalmológica completa e detalhada com o especialista em Uveítes é essencial para o diagnóstico. Conforme o quadro clínico e a necessidade de investigação, exames oftalmológicos complementares devem ser realizados, como por exemplo Retinografia, Autofluorescência, Angiografia Fluoresceínica, OCT e Ecografia ocular. Algumas vezes também é preciso avaliar doenças sistêmicas com exames específicos e até mesmo com auxílio de outros médicos especialistas de áreas correlatas, como Reumatologistas, Infectologistas, Neurologistas.
As uveítes são manejadas com terapêuticas específicas a depender da etiologia (causa da uveíte) e da sua gravidade. Além do tratamento etiológico, busca-se o controle da inflamação ocular com medicamentos sistêmicos antiinflamatórios e imunossupressores, além de terapias oculares para controle da inflamação e suas sequelas. Vale destacar que, sendo o olho extremamente delicado, o controle da inflamação deve ser rígido para evitar sequelas irreversíveis.
Medicações podem se aplicadas diretamente no olho, o que algumas vezes pode facilitar o tratamento pois o efeito é mais localizado. Casos de toxoplasmose ocular com difícil controle com medicação via oral podem ser submetidos a injeção de antibióticos e antiinflamatórios intraoculares. Quadros de inflamação ocular intensa, de difícil controle podem se beneficiar com implantes de corticosteroides como Ozurdex, que mantém o olho calmo e livre de inflamação por maior período de tempo.
Casos mais complexos associados com catarata, glaucoma, vitreíte, opacidade vítrea sequelar ou mesmo descolamento de retina necessitando de vitrectomia posterior são manejados de acordo com a necessidade dentro do Departamento de Uveítes e Toxoplasmose Ocular em conjunto com os outros Departamentos do Hospital da Visão de Passo Fundo.
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