O que é Transplante de Córnea?
O transplante de córnea é a troca de uma estrutura doente do olho por uma estrutura saudável, permitindo que o paciente recupere a saúde ocular e muitas vezes a visão.
A cirurgia é feita com anestesia local ou geral. O paciente recebe alta no mesmo dia indo para casa e retornando no dia seguinte. Existem diversos tipos de transplantes de córnea, informe-se com seu médico qual a técnica que será utilizada em você.
Transplante Penetrante
O nome técnico é Transplante Penetrante, nele se troca toda a córnea. É a opção mais utilizada em casos severos onde toda a córnea está comprometida. Também permite a reconstrução de estruturas de dentro do olho. O transplante leva vários pontos que vão sendo retirados lentamente conforme a necessidade.
Transplante Lamelar Anterior
O nome técnico é DALK que significa transplante lamelar anterior profundo. É utilizado quando apenas a parte externa da córnea se encontra comprometida, sua principal indicação é o ceratocone e algumas cicatrizes corneanas. Tem a vantagem de ter menor risco de rejeição e deixar o globo ocular mais resistente. Os pontos são iguais ao do transplante total penetrante.
Transplante Endotelial
O nome técnico é o DSEK, DSAEK ou DMEK, que são variações de um transplante lamelar profundo, onde apenas a parte interna da córnea é trocada. Tem os menores índices de rejeição e não leva pontos, mas apresenta indicações restritas.
A cirurgia tem riscos?
Todo procedimento cirúrgico tem riscos, mas se o médico indicou o transplante os benefícios são bem maiores que os riscos e de uma maneira geral são pequenos.
E se houver rejeição da córnea?
A rejeição da córnea tem prevenção e tratamento, sendo difícil se perder a visão por rejeição. Em último caso a córnea pode ser trocada num novo transplante.
De onde veio a córnea?
A córnea veio de uma pessoa que faleceu e a família fez o ato nobre de doar as córneas para um Banco de Olhos que a preparasse para o transplante.
Posso pegar uma doença com o transplante?
O risco de transmissão de doenças é mínimo e para que ele se torne ínfimo a legislação exige exames e critérios que selecionam apenas córneas de boa qualidade para o transplante.
Fiz o transplante, e agora, o que não pode fazer?
– Esforço físico.
– Tomar banho de imersão, ou seja, mergulhar a cabeça na água do mar, rio ou piscina.
– Dormir sem o tampão de acrílico.
– Deixar de usar os colírios.
Essas são as principais recomendações que podem diretamente prejudicar o transplante, o esforço excessivo deve ser entendido como qualquer atividade que requer força extra para ser realizada. Assim, evite abaixar de frente, carregar cargas moderadas e empurrar móveis ou cargas.
Para dormir coloque sempre o tampão de acrílico que vai junto com o curativo ao termino da cirurgia, isso evita que o olho seja traumatizado involuntariamente. Deve ser feito por um período mínimo de 60 dias.
Fiz o transplante, e agora o que posso fazer?
– Todo o restante que não interfira no que foi colocado anteriormente.
– Alimentação é normal.
– TV, computador e leitura podem ser feitos, desde que o olho não fique irritado, se ficar irritado evite.
– Banho de chuveiro normal, evite apenas olhar diretamente para a água, deixe-a escorrer pelo rosto.
– Você pode caminhar e sair no sol (com óculos escuros), evitando muito vento ou areia.
– Subir e descer escadas normalmente não é esforço físico excessivo.
– Bebidas alcoólicas devem ser evitadas por um período mínimo de 60 dias. Parar de fumar, de preferência para sempre.
– Corrida, academia e atividades esportivas somente após liberação do médico, o que ocorre em média após 90 dias.
– Atividade sexual com pouco esforço após 30 dias.
Quando se volta a enxergar?
Nos primeiros dias a visão permanece bem limitada, melhorando lentamente após algumas semanas a meses.
E o trabalho?
Converse com seu médico após a cirurgia para que ele lhe forneça um atestado. O tempo varia conforme a visão do outro olho, o tipo de transplante e de trabalho.
Tem algum outro cuidado especial? A quem deve avisar se houver algum problema?
Após a cirurgia é normal o olho ficar vermelho, com dor, sensação de areia e desconforto com a luz. A tendência é que isso vá melhorando rapidamente e o olho não incomode. A visão nítida é o última situação a melhorar.
Se depois de algumas semanas sentir:– Piora da visão permanente (que não melhora após algumas horas ou com os colírios).
– Dor no olho permanente.
– Desconforto com a luz permanente.
– Sensação de areia no olho.
Procure com brevidade o Departamento de Córnea do Hospital da Visão ou o seu médico responsável.
O Departamento de Córnea do Hospital da Visão tem a equipe mais qualificada para lhe atender.